Bronquiolite: entenda os riscos e como proteger idosos e crianças

bronquiolite

Na maioria dos casos, a bronquiolite apresenta uma evolução favorável, especialmente em crianças que não possuem condições de saúde pré-existentes. No entanto, é fundamental ter atenção ao quadro: em algumas situações, a doença pode se agravar, causando dificuldades respiratórias severas e a redução dos níveis de oxigênio no sangue.  

Para entender melhor essa condição, suas causas, principais sintomas e como prevenir complicações mais graves, continue a leitura. 

 

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O que é bronquiolite? 

A bronquiolite é uma doença respiratória que causa inflamação dos bronquíolos e obstrução das vias aéreas decorrente de uma infecção por vírus respiratórios. Os bronquíolos são pequenas ramificações pulmonares que ajudam a conduzir o ar dos brônquios até os alvéolos onde vai ocorrer a troca dos gases no pulmão. Esta doença costuma ser mais frequente em bebês e crianças pequenas, especialmente nos meses de inverno, sendo uma das infecções respiratórias mais frequentes desta estação. 

O que causa bronquiolite? 

A bronquiolite é geralmente desencadeada por infecções virais, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) responsável por quase 80% dos casos. Outros vírus que podem desencadear esta doença são: o rinovírus, o vírus parainfluenza, adenovírus, influenza e metapneumovirus.  

A infecção por esses vírus provoca inflamação nas vias respiratórias, resultando em seu estreitamento, maior produção de secreção e redução do fluxo de ar para os pulmões. 

Bronquiolite é contagiosa? 

Sim, a bronquiolite é provocada principalmente por vírus respiratórios e, por isso, sua transmissão ocorre de maneira semelhante à de outras doenças virais. O contágio acontece principalmente por meio de gotículas respiratórias expelidas quando a pessoa infectada fala, tosse ou espirra. 

Quais são os sintomas de bronquiolite? 

Os principais sintomas iniciais da doença são coriza, tosse, febre, falta de apetite, irritabilidade - quadro bastante parecido com os de outras infecções respiratórias comuns.  No entanto, em casos mais graves, as crianças podem apresentar taquipneia (respiração acelerada), sibilos (chiado no peito), falta de ar ou desconforto respiratório (a barriga afunda ao respirar), gemência ou coloração azulada na boca e nas pontas dos dedos, conhecida como cianose, causada pela baixa oxigenação no sangue. 

Sintomas de bronquiolite em bebês 

Os sintomas de bronquiolite em bebês costumam incluir: 

  • Tosse seca persistente; 

  • Respiração acelerada; 

  • Chiado no peito e dificuldade para respirar, que pode ser observada pelo esforço visível do abdômen.  

Outros sinais incluem coriza, febre baixa, perda de apetite e irritabilidade. Em casos mais graves, os bebês podem apresentar coloração azulada na boca e nas pontas dos dedos, conhecida como cianose, causada pela baixa oxigenação no sangue.  

Bronquiolite é perigosa? Quais são os riscos para bebês? 

A bronquiolite pode ser perigosa. Em recém-nascidos, bebês e crianças menores de 2 anos, a doença pode agravar-se, levando a sintomas mais severos e exigindo acompanhamento médico ou internação hospitalar. As principais complicações incluem pneumonia, desidratação e insuficiência respiratória. 

Qual é o tratamento para bronquiolite? 

Por se tratar de um vírus respiratório, não existe tratamento específico para o agente viral. O tratamento da bronquiolite é focado em aliviar os sintomas e prevenir complicações mais graves. As medidas incluem: 

  • Repouso; 

  • Hidratação adequada; 

  • Lavagem nasal para desobstrução das vias aéreas; 

  • Uso de medicamentos, sob orientação médica, para controlar a febre e aliviar a congestão nasal.  

Em casos mais severos, a hospitalização pode ser necessária para hidratação mais efetiva, monitorizar a respiração, suplementar oxigênio e a realização de fisioterapia respiratória para dar maior conforto ao paciente. 

Como saber se a bronquiolite está melhorando? 

A recuperação da bronquiolite começa geralmente a ser notada entre 5 e 7 dias após o início dos sintomas. Os sinais de evolução incluem melhora do estado geral, recuperação do apetite, melhora na respiração e o retorno gradual da criança às suas atividades e brincadeiras.  

Como prevenir a doença? 

Para prevenir a bronquiolite, recomenda -se: 

  • Lavar as mãos antes de pegar o bebê, especialmente após contato com outras pessoas. 

  • Se os cuidadores estiverem gripados, lavar as mãos frequentemente, passar álcool em gel e usar máscara ao cuidar do bebê. 

  • Certificar-se de que as visitas usem máscaras e higienizem as mãos antes de tocar no bebê.  

  • Manter os objetos de contato do bebê, como brinquedos e mamadeiras, sempre limpos. 

  • Evitar aglomerações e ambientes fechados; preferir locais arejados com baixa circulação de pessoas. 

Por fim, garantir que o calendário de vacinas do bebê esteja atualizado é uma medida importante para evitar complicações mais graves, como pneumonias. 

Existe vacina para bronquiolite? 

Existem vacinas para prevenir infecções causadas pelo VSR, que é um dos principais vírus responsável pela bronquiolite. Pensando no público mais vulnerável - bebê em fase de amamentação - foi desenvolvida uma vacina VSR para imunização das gestantes.   
 
Esta vacina imuniza o bebê através da transferência de anticorpos da mãe para o feto pela placenta. Esses anticorpos protegem o recém-nascido nos primeiros meses de vida, quando ele é mais vulnerável a doenças causadas pelo VSR, como a bronquiolite. 

Além disso, é importante destacar que, para crianças com maior risco de complicações, como os prematuros ou bebês com doenças pulmonares e cardíacas, existe a opção de imunoprofilaxia com Palivizumab.  
 
Este anticorpo monoclonal auxilia o organismo no combate ao vírus sincicial respiratório (VSR), um dos principais causadores da bronquiolite, e reduz significativamente o risco de hospitalização em crianças vulneráveis. Em breve, um novo anticorpo monoclonal, o Nirsevimabe, estará disponível no Brasil. 

Vacina VSR para gestantes 

A vacina VSR para gestantes é indicada para mulheres grávidas que estão entre a 24ª e 36ª semana de gestação. Contudo, a SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) sugere que o momento mais adequado para a vacinação seja entre 32 e 36 semanas de idade gestacional. 

Após a aplicação da vacina, ocorre a transferência passiva de anticorpos da mãe para o bebê pela placenta. Assim, a vacina confere proteção para o bebê, desde o nascimento até os 6 meses de idade. 

Vacina VSR: onde tomar? 

A vacina para VSR está disponível no Alta Diagnósticos. Você poderá agendar a aplicação em uma das unidades ou no Atendimento Domiciliar. 

Para obter mais informações sobre preço e disponibilidade de agendamento, acesse nossa plataforma de agendamento on-line. 

 

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Fonte: Dra. Priscila Grizante Lopes, hematologista pediátrica do Núcleo de assistência médica Dasa 

 

Categoria
Saúde